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Opinião|Uma cinebiografia de Pelé

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Foto do author Luiz Zanin Oricchio
Atualização:

Segundo uma notícia do Hollywood Reporter, mandada por meu amigo Alysson de Oliveira, Pelé assinou contrato nos Estados Unidos para realização de um filme sobre sua vida. O comentário do jornalista é que a trajetória de Pelé daria para pelo menos um épico e meio - três vezes campeão do mundo, teria conseguido deter uma guerra na África para que os combatentes pudessem vê-lo jogar, etc., etc. Isso entre outras cositas más como os mil gols aos 29 anos, mais de mil jogos por um mesmo time, várias vezes artilheiro do campeonato paulista. Bom, isso todo mundo sabe.

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Cabe lembrar que Edson Arantes do Nascimento já foi retratado, muitos anos atrás, no longa-metragem de Carlos Hugo Christensen, O Rei Pelé, de 1963, quando sua carreira ainda ia pela metade. Em 2004, ganhou o muito completo documentário de Aníbal Massaini, Pelé Eterno. Será que uma produção norte-americana trará alguma coisa do Rei que já não conheçamos? Dificilmente. Em todo caso, poderá ser importante para reforço do seu nome em nível internacional: Pelé parou de jogar há exatos 30 anos, e, por incrível que pareça, continua uma marca poderosa praticamente todos os países, civilizados ou não.

Vale também recordar que nem sempre a excelência de uma vida é bastante para dar origem a filmes inspiradores - o caso de Garrincha, personagem de gênio e também trágico não deixa dúvidas. Garrincha ganhou uma ótima biografia, escrita por Ruy Castro, mas o filme tirado do livro...é bom nem comentar. Pobre Mané.Nessa, ele virou João.

Opinião por Luiz Zanin Oricchio

É jornalista, psicanalista e crítico de cinema

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