Basta dizer que, com Fellini, é autor dos roteiros de obras-primas como Amarcord e La Nave Va. Com Angelopoulos escreveu vários filmes, como Paisagem na Neblina, O Passo Suspenso da Cegonha e A Poeira do Tempo, que a TV Cultura exibe hoje à noite, na reestreia dos Filmes da Mostra.
Com Antonioni, trabalhou em nada menos que 12 filmes entre os quais os sublimes A Aventura, A Noite e O Eclipse, a famosa trilogia da solidão, além de Passageiro: Profissão Repórter e Identificação de uma Mulher.
A morte de um roteirista sempre nos coloca em dúvida quanto à autoria de um filme. Costumamos atribuí-la somente ao diretor que, de fato, dá a forma final a todos os elementos em jogo. Mas qual a influência de um texto inicial sobre aquilo que, no fim do processo, bate na tela?
Qualquer que seja essa dúvida, fica uma certeza: Tonino era um dos grandes de todos os tempos.