Já andam dizendo isso por aí, afirmação que me parece precipitada dado o relativo noviciado da filhota de papai Francis Ford. O argumento é que Sofia, de Virgens Suicidas a Maria Antonieta, fala de mulheres, jovens, em busca do seu lugar no mundo. Encontros e Desencontros (Lost in Translation, no original) não deixa de ir por aí, com a personagem da malcasada Scarlett Johanssen, perdida e solitária no Japão. De todos, o que mais me agrada é justamente Encontros e Desencontros, o mais sutil e, no fundo, o mais tenso, em seu "não acontecer" ativo. Nesse sentido, Maria Antonieta, pelo menos como o vi, não deixa der uma involução. Mas a pergunta que fica é: basta a coerência de uma preocupação temática para definir um autor, ou autora, no caso?