Bailão, de Marcelo Caetano, foi outro filme que revi com prazer. Redescobre o centro de São Paulo pelo olhar de gays de meia-idade, que tem no tal do bailão seu ponto de convergência. O filme adota um tom libertário e é muito sofisticado do ponto de vista cinematográfico. A geografia da cidade é esquadrinhada de modo rigoroso, com uma câmera que procura vasculhar a solidão das galerias e das ruas do centro velho. Um olhar atento e respeitoso para com seus personagens. Muito legal mesmo. Mereceu o prêmio de melhor curta em 35 mm, destronando o favorito Recife Frio. Por um fio não recebe o prêmio da crítica, mas esta acabou preferindo Geral. Foi também o meu voto.