Luiz Zanin Oricchio
24 de novembro de 2006 | 09h43
Não é fácil adaptar Plínio Marcos para o cinema. O seu texto é duro, sem concessões, sem laivos de bom-mocismo. A tendência é amaciar, como já foi feito anteriormente, porque na tela grande tudo se amplifica. Pois bem, Carlos Cortez aceita bem o desafio e arrepia com um Querô que é uma descida aos infernos na zona portuária de Santos. O personagem, filho de uma prostituta (vivida por Maria Luisa Mendonça), é interpretado por um estreante, Maxwell Nascimento. Maxwell consegue imprimir ao seu Querô a dureza de quem foi formado nas Febens da vida. Foi aos jovens desassistidos que o diretor Carlos Cortez dedicou a sessão ontem no Cine Brasília. O filme saiu consagrado pelo público.
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