É uma entrevista de trabalho, na qual o cineasta relembra sua longa carreira, de estudante de cinema em Lodz, na Polônia, até a consagração como diretor de sucesso internacional. São dois os trunfos do filme. Primeiro, a clareza com que Polanski se expressa sobre seu trabalho, desde os primeiros curtas-metragens até os sucessos de O Bebê de Rosemary, Chinatown e O Pianista. Segundo, a presença de imagens de quase toda a sua obra, mesmo as menos conhecidas. Polanski não se nega a falar também dos fracassos, o maior deles, Piratas, com Walter Matthau.
Fala também da tragédia com sua mulher, Sharon Tate, assassinada pelo bando de Charles Mason em sua casa de Los Angeles. Polanski relembra sua experiência no gueto judeu, o outro fato traumático de sua existência. Usou-a em O Pianista.
O filme traz texto em off escrito por Marcelo Rubens Paiva e depoimentos de brasileiros. Falam Caetano Veloso, Gilberto Gil, Ugo Giorgetti e Hector Babenco. Polanski é cineasta de rara intensidade, um mestre, quaisquer que sejam as polêmicas em torno de sua conduta pessoal.