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Opinião|Pequenas Histórias

Foto do author Luiz Zanin Oricchio
Atualização:

PAULÍNIA - Ontem foi a vez de Pequenas Histórias, segundo concorrente do Festival de Paulínia. Já havia visto o filme de Helvécio Ratton em cabine de imprensa. Gostei de revê-lo com o público.

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Antes, uma divagação. Gosto desse lance de histórias miúdas. Anti-épicas. Lembro, por exemplo, de um belo filme argentino, de Carlos Sorín, chamado de Histórias Mínimas. Acontece que há um máximo nesse mínimo. Através do pequeno das vidas miúdas, chega-se à universalidade. As histórias de Raymond Carver, filmadas por Altman, são mínimas. Delas, temos como que epifanias de bolso, como escrevi num artigo anos atrás. Ponto, parágrafo.

Ratton busca esse mínimo em sua Minas Gerais natal. São quatro histórias: uma de pescador, outra de um menino obrigado a ser coroinha, outra de um velho ator que ganha um trocado interpretando Papai Noel e a última de um cara muito burro, chamado exatamente Zé Burraldo e vivido por Gero Camilo em estado de graça - nos dois sentidos do termo.

Previsivelmente, os maiores aplausos foram mesmo para esta última história, a mais engraçada, a mais inspirada. Mas o filme, como um todo, agradou. A pergunta que se fará em seu lançamento comercial - há espaço para o singelo no mercado cinematográfico ocupado pelos blockbusters? A pergunta começa a ser respondida na sexta-feira, quando o filme estréia.

Opinião por Luiz Zanin Oricchio

É jornalista, psicanalista e crítico de cinema

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