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Opinião|E o Oscar 2008 foi para... Onde os Fracos Não têm Vez

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Atualização:

Boa vitória para os Coen, com melhor filme, direção, roteiro adaptado e ator coadjuvante (Javier Bardem). Era um resultado previsível, dentro da lógica. Nem sempre a lógica prevalece. Neste caso aconteceu. Para o bem do cinema entendido como arte adulta.

Abaixo, os premiados:

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Filme: Onde os Fracos Não Têm Vez´(Deu a lógica. Não tinha nenhum filme que fosse páreo para ele. É um verdadeiro filmaço, duro, seco, rigoroso no plano formal. Não apresenta muita saída em seu conteúdo. Coisa para adultos)

Direção: Joel e Ethan Coen por Onde os Fracos não Têm Vez(Era o que tinha de ser. Um trabalho ultra rigoroso de direção.)

Ator: Daniel Day-Lewis, por Sangue Negro(Barbadíssima. Todo mundo apostava nele)

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Atriz: Marion Cotillard, por Piaf(Era a favorita, mas nunca se sabe de antemão. Fez-se justiça. Seu trabalho em Piaf é magnífico.)

Atriz Coadjuvante: Tilda Swinton por Conduta de Risco(Relativa surpresa. Eu teria apostado em Cate Blanchett por Não Estou Lá)

Ator coadjuvante: Javier Bardem, por Onde os Fracos Não Têm Vez(Essa, a maior barbada do Oscar. Não tinha para mais ninguém)

Roteiro original: Diablo Cody por Juno(Taí um prêmio original mesmo, embora a ex-stripper e blogueira fosse tida como favorita. O que não diminui o mérito da história e nem a força dos diálogos que ela escreveu. Moça prendada.)

Roteiro adaptado: Joel e Ethan Coen por Onde os Fracos Não Têm Vez(Também aqui, a adaptação que os irmãos fizeram do romance de Cormac McCarthy No Place for Old Men era favorita)

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Documentário: Taxi to the Dark Side(Não vi o filme, mas o discurso do diretor foi a primeira paulada firme em Bush e sua política externa. A ala liberal americana percebe que o seu país tomou o caminho de dark side, do obscurantismo)

Fotografia: Sangue Negro(Pode ser. Não acho que seja um trabalho que se destaca em relação aos outros indicados. Mas não faz feio).

Filme Estrangeiro: Os Falsários (The Counterfeiters) Áustria(Não vi. Mas fiquei com pena de ignorarem o 12, de Nikita Mikhalkov, filme de muita emoção)

Animação: Ratatouille(Outro favoritismo absoluto)

Direção de arte: Sweeney Todd: o Barbeiro Demoníacos da rua Fleet(Bom prêmio para a direção de arte de Dante Ferreti. Afinal, o homem já trabalhou até com o Fellini...)

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Trilha sonora: Desejo e Reparação(Gosto é gosto. Para o meu, a trilha de Dario Marianelli é o que o filme tem de pior. Torna-o excessivo e contraindicado para diabéticos)

Figurinos: Elizabeth - a Era de Ouro(Eu preferia Piaf. Mas não voto na Academia...)

Maquiagem: Piaf - Hino ao Amor(Enfim...Quem transformou a gata Cotillard na acabada Piaf merece não um Oscar mas um Nobel)

Efeitos Especiais: A Bússola de Ouro(Pode ser, como pode não ser. Meio indiferente)

Edição de Som: Ultimato Bourne(É bom, mas eu daria para Onde os Fracos não Têm Vez)

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Montagem: Ultimato Bourne(É, de fato, uma montagem impressionante)

Mixagem: Ultimato Bourne

Canção: Falling Slowly (Once)

Curta-metragem de ficção: Le Mozart des Pickpockets (França)(Não vi)

Curta de animação: Peter & the Wolf (Inglaterra)(Idem)

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Curta documentário: Freeheld (EUA)

Opinião por Luiz Zanin Oricchio

É jornalista, psicanalista e crítico de cinema

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