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Opinião|O Che, de Benicio del Toro, premiado na Espanha

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Foto do author Luiz Zanin Oricchio
Atualização:

Por sorte, o Goya, o principal prêmio do cinema espanhol, fez justiça a Benicio del Toro, dando-lhe a estatueta de melhor ator por sua interpretação em Che, de Steven Soderbergh. Benicio, e o filme de Soderbergh, foram solenemente ignorados nas indicações ao Oscar, um equívoco, como apontou Walter Salles em mensagem para este blog.

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Quem quiser a premiação completa do Goya, leia abaixo:

EFE/Madri - O cinema espanhol se rendeu ao retrato cru da Opus Dei realizado por Javier Fesser em "Caminho" ("Camino"), que venceu neste domingo seis indicações na 23ª festa dos prêmios 'Goya', onde o porto-riquenho Benicio del Toro e a espanhola Penélope Cruz também levaram a prezada estatueta. "La Buena Vida", do diretor chileno Andrés Wood, ganhou o prêmio de Melhor Filme hispano-americano. Duas estrelas que podem levar um Oscar protagonizaram a grande noite do cinema espanhol, que tinha começado com frio e chuva, mas que foi ficando quente com o fulgor de uma edição sumamente internacional. Por um lado, o ator porto-riquenho saiu como Melhor Ator por "Che", primeira parte do díptico sobre o revolucionário argentino realizado por Steven Soderbergh e que também recebeu o 'Goya' pela Melhor Direção de Arte. Penélope Cruz deu por si só vida a uma cerimônia ao conseguir o Goya de Melhor Atriz Coadjuvante por "Vicky Cristina Barcelona" - o terceiro de sua carreira - por um papel oferecido a ela por Woody Allen. Cruz e Del Toro foram os rostos de uma noite que, por outro lado, entregou sua alma à polêmica ao coroar como melhor filme do cinema espanhol de 2008 "Caminho", de Javier Fesser. "Caminho", que mostra o efeito dos dogmas da prelatura católica em uma menina que enfrenta sua própria morte, ficou com seis dos sete 'Goya' aos quais aspirava: Melhor Filme, Melhor Diretor, Melhor Roteiro Original, Melhor Atriz (Carme Elías), Melhor Ator Coadjuvante (Jordi Dauder) e Melhor Atriz Revelação (Nerea Camacho). Quanto ao mais, a festa foi conduzida com graça, dinamismo e mordacidade - houve ataques ao Governo, ao Opus Dei e à crise econômica - pela atriz Carmen Machi.

Opinião por Luiz Zanin Oricchio

É jornalista, psicanalista e crítico de cinema

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