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Cinema, cultura & afins

Opinião|Mostra 2018: Reygadas, Lee-Chang Dong e von Trotta, os primeiros imperdíveis

A Mostra mal começou mas já tem seus 'clássicos' deste ano, a começar pelo extraordinário Nuestro Tiempo, do mexicano Carlos Reygadas

Foto do author Luiz Zanin Oricchio
Atualização:
 Foto: Estadão

Ando meio frouxo neste blog, mas o momento político e sobretudo o excesso de filmes não têm deixado muito tempo livre. Aproveito um segundinho de lazer para dar algumas dicas de imperdíveis, entre os que vi até agora, claro:

Nuestro Tiempo, de Carlos Reygadas (México) é, para mim, "o" filme da Mostra, até este momento. Intensíssimo, com linguagem original, fala de um estranho relacionamento a três, o casal dono de uma fazenda e um amansador de cavalos norte-americano. Quem acha que o cinema atual perdeu a coragem, aconselho a ver este filme e revisar conceitos.

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Em Chamas, do sul-coreano Lee-Chang Dong, também me deixou em êxtase. Um rapaz reencontra uma garota com a qual conviveu na infância. Engatam um caso, mas ela viaja para a África e o deixa cuidando de um gato. Volta em companhia de um rapaz rico e enigmático. A exemplo do filme de Reygadas, este também traz no centro um triângulo amoroso, com adicional da metalinguagem que fala do relacionamento entre literatura e cinema. Lindo e misterioso filme.

Procurando por Bergman, de Margarethe von Trotta é, da safra dos filmes dedicados ao mestre sueco, o mais estimulante (não que os outros não sejam). Mas enfim, é uma conversa de cineasta para cineasta e Margarethe, autora de Anos de Chumbo, fala de sua descoberta de Bergman, incentivada por seus colegas da nouvelle vague francesa, através do clássico Sétimo Selo.

Por enquanto é isso. Abraços, bons filmes. A programação e outras informações, vocês encontram em http://42.mostra.org/br/home/

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Opinião por Luiz Zanin Oricchio

É jornalista, psicanalista e crítico de cinema

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