Lula, o Filho do Brasil, de Fábio Barreto, foi o filme indicado para disputar uma das vagas ao Oscar do ano que vem. Atenção: ele não está no Oscar, repito. Apenas foi indicado para tentar uma das vagas entre os concorrentes que irão disputar a estatueta no ano que vem na categoria filme estrangeiro.
Não deixa de ser uma escolha surpreendente da comissão. Os internautas, que pela primeira vez opiniaram na indicação, haviam escolhido (previsivelmente) o espírita Nosso Lar. Não vale como voto. Tem apenas função indicativa. Havia muitas outras alternativas, entre elas o novo Arnaldo Jabor, A Suprema Felicidade, que nem estreou por aqui ainda (abre o Festival do Rio à noite). Ou filmes menores (em termos de orçamento) como É Proibido Fumar. Ou Bróder, que era o meu favorito, não apenas pela boa qualidade, mas por abordar a temática negra e da periferia.
Deu Lula na cabeça. Pelo menos no cinema. Provavelmente, a comissão pensou que a boa imagem do presidente Lula no exterior possa se transferir ao filme. Não deixa de ser uma estratégia inteligente. Vamos ver se funciona.