Durante o processo de lançamento do filme, os produtores, Luiz Carlos Barreto em especial, diziam que o filme surfaria na popularidade do presidente Lula e não o contrário. Não seria o presidente Lula que se aproveitaria da popularidade de Lula, o filme. Dizia isso para desconsiderar qualquer finalidade ou efeito eleitoreiro na produção.
Digamos que tenham razão. Nesse caso, o filme tenderia a ir bem lá onde Lula é mais popular, no Norte e no Nordeste. E muito menos no Sul ou Sudeste. Em São Paulo, onde existe um antilulismo e um antipetismo militantes, teria dificuldades especiais. Mais ainda, porque se trata do principal mercado do cinema.
Assim, seria interessante examinar o desempenho do filme por regiões, para ver se ele acompanha as variações previstas do mapa eleitoral. Pelo menos aquele que as pesquisas têm desenhado.
Lula, o filme, não seria assim um componente a influenciar as eleições de 2010, mas funcionaria como uma espécie de termômetro adicional de como andam as sensibilidades políticas da população, nas diversas regiões do País.