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Opinião|Filme argentino 'Ninguém Está Olhando' vence o Cine Ceará

Longa é sobre ator argentino, famoso em seu país, que tenta fazer carreira em Nova York. O cubano Últimos Dias em Havana' também foi bem premiado, com troféus de direção e fotografia

Foto do author Luiz Zanin Oricchio
Atualização:
 Foto: Estadão

 

Fortaleza - O argentino Ninguém Está Olhando, de Julia Solomonoff, foi o grande vencedor do 27 º Cine Ceará. O longa ganhou também os prêmios de melhor ator (Guillermo Pfening) e montagem, além do da crítica, oferecido pela Abraccine (Associação Brasileira de Críticos de Cinema). Conta a história de um ator de novelas muito famoso na Argentina, que tenta a sorte em Nova York. O filme é ok.

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Havia, no entanto, apenas um grande filme em Fortaleza, Últimos Dias em Havana, e este foi agraciado com os troféus de direção, para Fernando Perez, e fotografia (Raul Perez Ureta). Conta o convívio de dois amigos, num cortiço no bairro popular de Centro Havana. Um deles deseja ir para os Estados Unidos. O outro está à morte, sofre de Aids e tem os dias contados. É uma comovente imersão na realidade cubana, sem qualquer atenuante, conservando porém o sentido humano próprio da obra do diretor. Pena que o júri oficial não tenha reconhecido a tremenda superioridade cinematográfica deste filme em relação aos outros.

Outro filme cubano, o um tanto maniqueísta Santa e Andrés, foi premiado pelo que tem de pior, o roteiro. Ganhou também o troféu de melhor atriz, para Lola Amores, este justificável. Ela faz o papel de uma comissária do povo encarregada de vigiar um desafeto do regime durante alguns dias.

O badaladíssimo Uma Mulher Fantástica, do Chile, que havia sido premiado em Berlim, ficou apenas com dois prêmios, trilha sonora original e som.

A fraca participação brasileira faturou apenas um prêmio entre os longas-metragens: direção de arte para Malasartes contra o Duelo da Morte.

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O melhor curta foi para o paulista Festejo Muito Pessoal, de Carlos Adriano. Valentina (Rio) ganhou o troféu de direção e Memórias do Subsolo (Ceará) ficou com o troféu de roteiro. A crítica elegeu Vênus Filó - a Fadinha Lésbica.

Abaixo, a premiação completa:

 

PREMIADOS

Mostra Competitiva Ibero-americana de Longa-metragem:

Troféu Mucuripe

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Melhor Longa-metragem - Ninguém está olhando, de Julia Solomonoff

Melhor Direção - Últimos dias em Havana - Fernando Pérez

Melhor Fotografia - Últimos dias em Havana - Raúl Pérez Ureta

Melhor Montagem - Ninguém está olhando - Andrés Tamborino, Karen Sztanjberg e Pablo Barbieri.

Melhor Roteiro - Santa e Andrés - Carlos Lechuga

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Melhor Som - Uma mulher fantástica - Isaac Moreno

Melhor Trilha Sonora - Uma mulher fantástica - Matthew Herbert

Melhor Direção de Arte - Malasartes e o Duelo com a Morte - Tulé Peake

Melhor Ator - Ninguém está olhando - Guillermo Pfening

Melhor Atriz - Santa e Andrés - Lola Amores

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Prêmio da Crítica (Abraccine) - Ninguém está olhando, de Julia Solomonoff

Mostra Competitiva Brasileira de Curta-metragem:

Troféu Mucuripe

Melhor Curta-metragem - Festejo Muito Pessoal, de Carlos Adriano

Melhor Direção - Valentina - Estevão Meneguzzo e André Félix.

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Melhor Roteiro - Memórias do subsolo ou o homem que cavou até encontrar uma redoma, de Felipe Camilo.

Melhor Produção Cearense - Caleidoscópio, de Natal Portela  

Prêmio da crítica (Abraccine) - Filó a fadinha Lésbica, de Sávio Leite

Mostra Olhar do Ceará:

Troféu Mucuripe

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Melhor Curta-metragem - A Lenda Cotidiana, de Bárbara Moura e S. de Sousa

Prêmio Olhar Universitário:

Troféu Mucuripe

Melhor Curta-metragem - Simbiose, de Júlia Morim

Melhor Longa-metragem - Últimos dias em Havana, de Fernando Pérez

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PRÊMIOS ESPECIAIS

Troféus Samburá:

Melhor Curta-metragem - Valentina, de Estevão Meneguzzo e André Félix

Melhor Diretor - Vando Vulgo Vedita, de Andreia Pires e Leonardo Mouramateus

Prêmio Unifor de Audiovisual:

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Melhor Curta-metragem - A Lenda Cotidiana, de Bárbara Moura e S. de Sousa

Prêmio CiaRio:

Curta-metragem Brasileiro - Festejo Muito Pessoal, de Carlos Adriano

Prêmio Mistika (Masterização em DCP)

Melhor Produção Cearense da Mostra Competitiva Brasileira de Curta-metragem -

Caleidoscópio, de Natal Portela

Melhor Curta-metragem da Mostra Olhar do Ceará - A lenda cotidiana, de Bárbara Moura e S. de Sousa

Prêmio Canal Brasil de Curtas:

Melhor filme da Mostra Competitiva Brasileira de Curta-metragem (R$ 15.000,00) - Memórias do subsolo ou o homem que cavou até encontrar uma redoma, de Felipe Camilo

Mostra Curta Cocó:

Melhor Curta-metragem - O que é Parque do Cocó?, de Marilia Alencar

 

Opinião por Luiz Zanin Oricchio

É jornalista, psicanalista e crítico de cinema

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