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Opinião|Fernando Fernán Gómez, adeus...

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Atualização:

BRASÍLIA

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No turbilhão do festival acabei sabendo da morte do grande ator espanhol Fernando Fernán Gómez, de Espírito da Colméia, Tudo sobre Minha Mãe, O Tempo das Mariposas, etc. -- uma carreira de mais de 200 filmes. O meu favorito, talvez, seja Belle Époque, de Fernando Trueba, um belo trabalho anarquista que servia muito, suponho, à sua personalidade.

Tive o prazer de conhecê-lo anos atrás quando veio a São Paulo. Batemos um longo papo sobre cinema e outros assuntos. Fernando revelou-se um exemplar (em extinção) daquela estirpe dos velhos intelectuais espanhóis: bom humor, conversa refinada, inteligência, boas frases, pontuadas de ironia e ternura. Tinha 86 anos, era considerado um fora de série em sua área de atuação. E foi um belo ser humano.

Há um documentário de David Trueba (irmão de Fernando Trueba), Conversas com Fernando Fernán Gómez, que traz uma boa amostra dessa atitude ao mesmo tempo crítica e positiva sobre a vida que era a marca registrada de Fernando.

Opinião por Luiz Zanin Oricchio

É jornalista, psicanalista e crítico de cinema

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