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Opinião|Ethan e Joel Coen, os falastrões

Foto do author Luiz Zanin Oricchio
Atualização:

Acabei há pouco de escrever um texto sobre o filme Onde os Fracos não Têm Vez para o Caderno 2 de amanhã. Achei um filmaço. Depois, por acaso, peguei uma revista Le Nouvel Observateur que havia em cima da mesa e dei com uma entrevista dos irmãos Coen ao repórter de cinema François Forestier.

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Li e entendi por que os personagens dos Coen são tão taciturnos. Eles mesmos quase não falam e se comunicam com o jornalista por monossílabos. Melhor: deixam o filme falar por eles.

E dizem que Cormac McCarthy, autor do romance do qual saiu o filme, é ainda pior do que eles. Contam que se encontraram com Cormac, que tem 74 anos, este disse bom dia, virou as costas e foi-se embora.

A saca-rolhas, Forestier arranca alguma coisa deles: "É um filme sobre a predação", dizem de Onde os Fracos Não Têm Vez. Outra frase sobre uma regra de ouro dos irmãos: "Estamos nos lixando para o bom gosto".

Como se definem? "Somos ironistas calmos". Ou: Somos "pós-modernos zen".

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Forestier pergunta se, conhecidos bichos-do-mato, eles se relacionam com gente do cinema: "Bem, uma vez encontramos Woody Allen num elevador". Mas não se falaram.

De qualquer forma, o texto é legal, super bem escrito e informativo, pois jornalistas experientes sabem tirar leite de pedra.

Quer ler (em francês)? Clique aqui.

Opinião por Luiz Zanin Oricchio

É jornalista, psicanalista e crítico de cinema

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