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Cinema, cultura & afins

Opinião|Duas Perdas

Morreram no mesmo dia os cineastas Carlos Cortez e Alfredo Sternheim

Foto do author Luiz Zanin Oricchio
Atualização:

Carlos Cortez Foto: Estadão

A cultura brasileira, que não está podendo se dar a esse luxo, perdeu ontem duas personalidades importantes, dois cineastas: Carlos Cortez (62 anos) e Alfredo Sternheim (76 anos).

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Cortez é autor de vários títulos, como o documentário sobre o sambista Geraldo Filme e, o mais importante, a ficção Querô, baseada no personagem de Plínio Marcos.

Querô, sobre o garoto nascido na zona de prostituição do cais do porto, valeu vários prêmios ao seu diretor e ao elenco de iniciantes. Mais que prêmios, o longa inspirou o nascimento do Instituto Querô, de Santos, que lida com crianças e adolescentes em situação de risco e lhes oferece uma alternativa de vida pelo caminho do audiovisual. É um legado e tanto e que tem dado frutos. Há pouco foi lançado Sócrates, o primeiro longa-metragem produzido pelo grupo e que tem recebido prêmios pelos festivais.

Alfredo Sternheim Foto: Estadão

Alfredo Sternheim foi crítico do Estadão e diretor bastante atuante no cinema da assim chamada Boca do Lixo. Assina longas como Herança dos Devassos, As Prostitutas do Dr. Alberto, Amor de Perversão, entre muitos outros. Alguns deles são mais interessantes que seus títulos sugerem. Suas últimas obras, como cineasta, foram Fêmeas que Topam Tudo, de 1987, e um episódio do documentário Memórias da Boca. Depois disso, deixou o cinema e continuou a dedicar-se à crítica cinematográfica.

 

Opinião por Luiz Zanin Oricchio

É jornalista, psicanalista e crítico de cinema

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