Vi agora Dark Horse, de Tod Solondz. Ele diz que apenas tentou fazer um filme sem pedofilia, sem masturbação ou estupro. Tá bom. Só que a história do trintão que não sai da casa dos pais e arruma uma mulher tão problemática quanto ele parece evocar o universo preferencial de Solondz, aquele de Felicidade e A Vida em Tempo de Guerra. Está tudo lá: a família disfuncional, o cinismo diante do sofrimento alheio, a impotência diante da vida. Tudo naquela frieza característica, em personagens robotizados, uma fotografia lavada de publicidade. Tudo isso em função do filme? Não sei. É inteligente, tem as suas sacadas, muito do que critica é mesmo para ser execrado, e vai por aí. Não me conquista.