Luiz Zanin Oricchio
09 de setembro de 2009 | 10h58
E quebrou na coletiva de O Grande Sonho, de Michele Placido. Quando uma repórter lhe perguntou, em inglês, como explicava um filme de esquerda produzido pela empresa de Berlusconi, Placido respondeu, aos gritos: “Que cazzo devo fare?” Queria dizer que, de outra maneira, ninguém mais faria qualquer filme na Itália. Virou gritaria, tumulto, jornalistas tentaram intervir e a entrevista foi encerrada porque já estava com o horário estourado. No entanto, a discussão já está lançada na Mostra (como está em jornais que ainda não pertencem ao Cavaliere): pode-se ter liberdade de informação e democracia com tamanha concentração de poder nos meios de comunicação como tem Berlusconi? O festival traz para si uma discussão que é de toda a sociedade – e não apenas da italiana, diga-se.
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