A opção foi mostrar, de maneira impressionista, esse universo de Caio através dos seus textos, lidos por amigos. E com imagens captadas nos diversos países pelos quais o escritor viajou e viveu. Algumas imagens do próprio Caio, empacotado da cabeça aos pés em algum porto invernal deste planeta. Viaja-se no texto e viaja-se nas imagens e nos sons. É um filme poético, não uma cinebiografia. Às vezes você presta atenção ao texto, outras, apenas na sonoridade das palavras que, se sabe, são música. Ou podem ser música quando bem escritas e tratadas.
Caio F. era uma doce figura. Muito angustiado, muito ligado ao cinema - seus textos têm uma dimensão imagética muito clara. O ator Marcos Breda, que falou antes da projeção, lembrou que era bom ler Caio, e era bom ver Caio também. Porque o texto, evocativo, te leva longe, te abre portas, conduz o leitor/ouvinte a um universo de possibilidades.
Belo filme.