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Opinião|Diário de Gramado 2011: O País do Desejo

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Foto do author Luiz Zanin Oricchio
Atualização:

O País do Desejo, de Paulo Caldas, ao contrário do que ele disse, me parece o seu filme menos autoral. Não que não tenha momentos bons, mas me parece que a concepção geral do projeto consiste em aparar determinadas arestas. Numa história folhetinesca da pianista (Maria Padilha) que sofre dos rins e de um padre (Fábio Assunção) que por ela se apaixona, passam temas quentes, como aborto, violação, doença terminal e posições dogmáticas da Igreja. Mas são tratadas de maneira um tanto superficial, com desfecho rápido e aquém do que se poderia esperar. Cineastas se defendem de críticas dizendo que não são obrigados a fazerem os filmes que os críticos esperam. Isso é óbvio. Mas os bons cineastas são culpados, ao despertar expectativa favorável em relação à sua obra anterior.

Opinião por Luiz Zanin Oricchio

É jornalista, psicanalista e crítico de cinema

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