Não falta, porém, algum frescor a essa história de uma "menina de ouro" da periferia nicaraguense. Assim como a protagonista do belo filme de Clint Eastwood, também a nossa Yuma quer se transformar em lutadora de boxe. Além das adversárias no ringue, enfrenta uma família cheia de problemas (padrasto alcoólatra e molestador da enteada), os marginais do bairro que, afinal, foram seus amigos de infância e a incompreensão social para com uma boxeadora.
Diferentemente da tragédia contada por Eastwood, a história nicaraguense se encaminha para outro desfecho, muito mais palatável, o que a torna circense - e no bom sentido do termo.
Acabei gostando, como se gosta dos objetos e das pessoas muito simples, ingênuas e que, por isso mesmo, mostram-se capazes de acrescentar alguma coisa às nossas retinas já tão fatigadas, etc.