Luiz Zanin Oricchio
19 de novembro de 2009 | 19h20
BRASÍLIA – Daqui a pouco estou saindo para o cinema nesta Brasília chuvosa. O clima (psicológico) do Cine Brasília deve ser bem diferente hoje à noite. Ontem, a alegria dos Novos Baianos, resistentes desbundados dos anos de chumbo. Hoje, um novo documentário, desta vez destinado a uma das vítimas fatais da ditadura – o operário Manoel Fiel Filho, morto em 1976 no Doi-Codi, durante o governo Geisel. A outra das vítimas desse mesmo ano, o jornalista Vladimir Herzog, acaba sendo mais citado, mas Fiel Filho morreu nas mesmas circunstâncias. Não conheço o diretor, Jorge Oliveira. Dizem que é jornalista. Tomara tenha feito um belo filme sobre este personagem que deve ser lembrado, vítima de um tempo também a ser recordado, apenas para não ser repetido.
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