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Opinião|Cine PE: primeiros filmes

Foto do author Luiz Zanin Oricchio
Atualização:

Da maratona de ontem, gostei dos curtas Pajerama, de Leonardo Cadaval, e Engano, de Cavi Borges. O primeiro é uma bela animação, cujo tema seria o contato de um índio com a nossa civilização enlouquecida pelo excesso de signos. O segundo mostra, em tela dividida, um encontro que não acontece entre um rapaz e uma moça, tendo por elo uma ligação de celular com número errado. Bem legal, dá ao possível encontro amoroso um tom de thriller.

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Quanto aos longas: Simples Mortais, de Mauro Giuntini entra na onda dos filmes corais, com vários personagens e histórias paralelas acontecendo. Tem seus momentos, como o do relacionamento entre um pai e um filho. Quando eles fumam juntos um baseado, assistimos a uma sequência tanto hilária quanto terna. Nesse ponto, e em alguns outros, o filme foi aplaudido em cena aberta pelo público sempre muito numeroso do festival. Simples Mortais vale bem mais por algumas dessas cenas isoladas do que pelo conjunto, um tanto desequilibrado.

O segundo longa, Guia Prático, Histórico e Sentimental da Cidade do Recife, de Leo Falcão, como o título diz, parte de Gilberto Freyre para tentar entender a magia dilacerada dessa cidade fascinante. Feito em digital, perde um pouco no nível da qualidade de imagens. Mas se redime encontrando grandes lugares e, sobretudo, grandes personagens. Dois deles, filhos ilustres da terra, estavam na platéia do Cine Guararapes para acompanhar a sessão - os músicos Lenine e Naná Vasconcellos.

Opinião por Luiz Zanin Oricchio

É jornalista, psicanalista e crítico de cinema

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