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Opinião|Cine Ceará 2019 começa com filme brasileiro indicado ao Oscar

Mostra cearense abre amanhã com a apresentação de ‘A Vida Invisível’, de Karim Aïnouz, fora de concurso

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Atualização:

'A Vida Invisível', inspirado em romance de Martha Batalha Foto: Estadão

 

FORTALEZA - A abertura do Cine Ceará 2019 já seria quente. Agora ferveu de vez com a indicação do filme inaugural, A Vida Invisível, para disputar uma vaga no próximo Oscar. O diretor, Karim Aïnouz, é cearense, e trará parte do elenco para a cerimônia inicial do festival, que se realiza nesta sexta-feira, dia 30, em Fortaleza, no Cine São Luiz. Virão Fernanda Montenegro, além de Júlia Stockler e Carol Duarte. Desde a premiação como melhor filme na seção Un Certain Regard (Um Certo Olhar), do Festival de Cannes, A Vida Invisível se tornou um dos títulos nacionais  mais esperados da recente safra. Agora virou esperança de Oscar, esse Graal do cinema brasileiro. Esta será sua primeira exibição pública no país. 

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Não é apenas na abertura que o Cine Ceará 2019 revela força. Entre os concorrentes há outros filmes esperados e já testados em festivais internacionais importantes, como Greta, primeiro longa do cearense Armando Praça, que estreou na mostra Panorama do Festival de Berlim, um dos três eventos top do calendário cinematográfico europeu (os outros são Cannes e Veneza). 

Outro competidor, Ressaca, de Patrizia Landi e Vincent Rimbaux, esteve no Fipadoc, o festival de documentários realizado em Biarritz, na França. 

Canção sem Nome, da peruana Melina León, estreou no Festival de Cannes, enquanto o cubano A Viagem Extraordinária de Celeste García, de Arturo Infante, foi visto pela primeira vez no Festival de Toronto. Luciérnagas, do México, dirigido por Bani Khoshnoudi, teve sua primeira janela no Festival de Roterdã, na Holanda.

Já o documentário Vozes da Floresta, da carioca Betse de Paula, e Notícias do fim do Mundo, do cearense Rosemberg Cariry, terão sua estreia mundial no Cine Ceará. 

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No total, portanto, cinco filmes de ficção e dois documentários disputam os principais Troféus Mucuripe, a estatueta do festival cearense. 

Além da competição ibero-americana principal, haverá a mostra nacional de curtas e a de produções locais, Olhar do Ceará, com três longas e 17 curtas, e mais as  participações especiais.  

Da programação destaca-se um traço importante, a forte presença feminina. A curadoria, informa o diretor do festival, o cineasta Wolney Oliveira, já tinha de início o objetivo de alcançar pelo menos 30% de filmes dirigidos por mulheres na mostra deste ano. A meta foi superada: "Dos 39 filmes em competição nas mostras de curtas, longas e Olhar do Ceará, 18 deles têm mulheres na direção, representando 46% de participação feminina", diz Wolney. 

Abaixo, a relação dos longas concorrentes na mostra ibero-americana

El viaje extraordinario de Celeste García / A viagem extraordinária de Celeste García. Dir. Arturo Infante. Ficção. 2018. 92min. CUBA.

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Canción Sin Nombre / Canção sem nome. Dir. Melina León. Ficção. 2019. 97min. PERU.

Greta. Dir. Armando Praça. Ficção. 2019. 96min. BRASIL.

Luciérnagas. Dir. Bani Khoshnoudi. Ficção. 2018. 85min. MÉXICO.

Notícias do fim do mundo. Dir. Rosemberg Cariry. Ficção. 2019. 70min. BRASIL.

Ressaca. Dir. Patrizia Landi e Vincent Rimbaux. Documentário. 2018. 86min. BRASIL.

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Vozes da Floresta. Dir. Betse de Paula. Documentário. 2019. 95min. BRASIL.

Opinião por Luiz Zanin Oricchio

É jornalista, psicanalista e crítico de cinema

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