Será? Pelo menos ele está em sétimo lugar na lista da revista britânica Empire, para produções em língua não-inglesa. Quem lidera? Os Sete Samurais, de Kurosawa. Encouraçado Potemkim está em 3º. Há algumas aberrações, como O Labirinto do Fauno, de Guillermo del Toro, em 5º, à frente de Batalha de Argel, de Gillo Pontecorvo, que vem em 6º. E assim vai.
A lista não é ruim. Mescla filmes clássicos a outros que estão lá presentes apenas porque são recentes e estão frescos na memória dos cinéfilos. Quem votou não tem a menor ideia do que seja o cinema brasileiro. Nunca ouviu falar em Terra em Transe ou Vidas Secas, por exemplo. Mas assim é a vida: esses são filmes dos anos 60, quando, suponho, a maior parte dos votantes não era nascida. Lembraram de filmes antigos, de outras nacionalidades. Os brasileiros foram esquecidos. Ficou o recente.
Será este o caso de Cidade de Deus, ou o filme de Fernando Meirelles veio para ficar? Amigos, sinto dizer uma banalidade, mas acho que só o tempo pode responder a essa pergunta.