Mas não é sobre isso que quero falar agora. É que, lá pelas tantas, um trecho do livro me chamou a atenção de maneira particular:
"Dispondo de largo tempo ocioso, Puskás Sándor passara a frequentar a biblioteca, onde gozava de crescente prestígio. E nas sessões públicas de sábado, se sentava a mesa entre celebridades como o prosador Hidegkuti e o poeta Kocsis Ferenc, nos bastidores era cumprimentado mesmo pelo esquivo Sr...."
Qualquer um que conheça a história do futebol mundial tem familiaridade com os nomes de Puskas, Hidegkuti e Kocsis - os três da mitológica seleção húngara que, favorita na Copa de 1954, acabou perdendo da Alemanha no jogo final. Isso, depois de despachar a seleção brasileira. Chico adora futebol, como se sabe. Tem um time, o Politheama, e promove sempre jogos. Torce para o Fluminense e tem como ídolo Pagão, centroavante que jogou em vários clubes, mas tornou-se lenda no Santos Futebol Clube.
Esse trecho é a piscadela do autor/narrador para o leitor. E vice-versa.