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Opinião|Brasília consagra 'Martírio', sobre a trágica questão indígena brasileira

Foto do author Luiz Zanin Oricchio
Atualização:

 

Dentre os filmes que compõem o grande ato político contra o governo em que se transformou esta edição do Festival de Brasília, Martírio ocupa lugar especial. Em 2h40 de projeção, o diretor Vincent Carelli mostra a saga trágica dos Guarani-Kaiowá, mesclando cenas com os índios, tomadas ao longo dos anos, e outras de arquivo. Recria assim uma cronologia de genocídio que vem da Guerra do Paraguai, passa pelas políticas humanitárias-integracionistas de Rondon, o Estado Novo, os governos militares e os 13 anos do PT no poder.

O filme foi aplaudido várias vezes em cena aberta e recebeu uma ovação ao final. Há muitos anos não viaum concorrente ser consagrado desta forma num Cine Brasília tomado pela paixão política.

Opinião por Luiz Zanin Oricchio

É jornalista, psicanalista e crítico de cinema

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