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Cinema, cultura & afins

Opinião|Brasil vence o Festival Brics realizado na China

Evento está em sua segunda edição e reúne filmes dos cinco países do grupo. Próxima mostra será na África do Sul

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Atualização:

'Nise', de Roberto Berliner Foto: Estadão

 

 

O Brasil foi o grande destaque do Festival Brics de Cinema, com Nise, de Roberto Berliner, ganhando como melhor filme e Que Horas Ela Volta?, de Anna Muylaert, recebendo o Prêmio Especial do Júri.

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O Festival reúne as indústrias cinematográficas dos cinco países do grupo e as aproxima em torno de uma mostra competitiva conjunta. Teve a primeira edição ano passado na Índia e a próxima está marcada para a África do Sul, em 2018.

De acordo com o representante brasileiro no evento, o crítico Eduardo Valente, atual curador do Festival de Brasília e ex-assessor internacional da Ancine, o Festival dos Brics tem a dupla face de mostra cinematográfica e ação diplomática e industrial entre os países que formam o grupo (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul). Durante a Mostra, por exemplo, foi firmado um tratado de colaboração audiovisual entre Brasil e China. O termo foi assinado pelo embaixador brasileiro na China.

Fora de concurso foi apresentado o longa Cidade de Deus, como "clássico brasileiro". O filme de Fernando Meirelles foi apresentado pelos atores Douglas Silva e Alexandre Rodrigues. "Pude testemunhar o quanto o filme é conhecido por aqui e o Douglas em especial era parado em todos os lugares para tirar fotos com os chineses", diz Valente.

O Festival Bric celebra de todas as formas a ideia do grupo. O corpo de jurados é formado por representantes de cada um dos países. Na sessão de abertura foi apresentado um longa-metragem coletivo, formado por cinco curtas, um de cada país-membro. O representante brasileiro foi uma ficção sobre a tragédia ambiental de Mariana, assinada por Walter Salles, tendo a atriz Maeve Jinkings como protagonista. Os chineses se fizeram representar por um curta do consagrado diretor Jia Zhang-ke. As cerimônias de abertura e encerramento foram transmitidas pelas TVs chinesas.

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Opinião por Luiz Zanin Oricchio

É jornalista, psicanalista e crítico de cinema

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