Andei uma semana pelo Festival do Rio e, salvo um texto sobre a morte de Hugo Carvana, não postei nada. Por pura falta de tempo, já que estava no júri da Fipresci e tinha 20 e tantos filmes para ver, além de outros compromissos na cidade.
Na feijoada tradicional do sábado, encontrei um velho amigo, o produtor Tarcísio Vidigal. Ele veio logo se queixando do meu blog. Disse que não o atualizo com rapidez e nem a frequência desejadas. Diz que vai ao blog de manhã e não encontra nada de novo. Respondi a ele que coloquei um post por dia durante o Festival de Brasília, mas ele disse que eles chegavam tarde demais e ele queria informação sobre os filmes de manhã cedinho, junto com o café com leite e o pão fresco. Criticou outro blog, dizendo que o blogueiro se ocupa de assuntos pessoais, com os quais ninguém tem nada a ver. Outro blog, ele considera bastante informativo, porém bagunçado. Nenhum o satisfaz. Chamei-o de ombudsman de blog.
Acredito que haja mesmo essa expectativa. O blog ideal, que supre as informações que a mídia tradicional não traz, seja ágil, confiável e bem escrito. Além de bem diagramado. Uma utopia, sem dúvida.
Quando comecei a blogar, em 2006, o blog era um complemento interessante ao jornal. O que não podíamos publicar em papel, colocávamos no blog. Textos mais longos. Ou mais curtos e mais imediatos, etc. Ou mais pessoais. Era uma experiência, além de tudo. Isso hoje me parece a pré-história. Depois, havia a interatividade, feroz no começo, que talvez hoje tenha migrado para as redes sociais. Este blog, por exemplo, perdeu os comentários. Sinto falta.
Hoje, são tantas as plataformas a nos solicitar, que temo não termos mais energia e motivação para os blogs. Eu, pelo menos, me considero em crise. Preciso repensar o blog.
Preciso até mesmo repensar se preciso de um blog. Ou se outros precisam dele.
Aparentemente este blog não comporta comentários. Se quiser dar sua opinião sobre este ou outro texto, o jeito é fazê-lo em meus perfis nas redes sociais, nos quais os posts são linkados. Nestes, os comentários são livres, desde que obedeçam aos princípios de civilidade e boa educação. Abraço. Zanin
Facebook: Luiz Zanin
Twitter: @lzanin