Luiz Zanin Oricchio
08 de outubro de 2010 | 19h36
Tenho ouvido muitos discursos pomposos sobre a Liberdade – assim, com maiúscula, como se fosse uma essência, uma ideia platônica ou uma estátua exposta à visitação pública.
Eu, que sou mais realista, prefiro lembrar o que dela disse Graciliano Ramos, um dos santos de minha devoção, que pagou por suas ideias com o cárcere na Ilha Grande durante o Estado Novo:
“Começamos oprimidos pela sintaxe e acabamos às voltas
com a Delegacia de Ordem Política e Social, mas, nos
estreitos limites a que nos coagem a gramática e a lei,
ainda nos podemos mexer”.
Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.