Bem, virou febre, não me pergunte por quê. Agora há pouco acabo de receber um e-mail de assessoria de imprensa dizendo que Luiza está voltando a João Pessoa nas asas da Gol. Possivelmente essa asneira viral faça parte de alguma campanha publicitária, e não apenas a do condomínio paraibano. Como saber? O que dizer dessas coisas?
Nada, a não ser o seguinte. Em princípio não tenho nada contra bobagem. Acho que a seriedade militante, o tempo todo, estraga o fígado mais que bebida ruim. Um pouco de besteira é o sal da vida. E atire a primeira pedra quem nunca se sentou numa mesa de bar, entre amigos e amigas, para tomar umas e outras e dizer abobrinhas. Tudo isso faz bem. Desopila.
O meu ponto é outro: o grau de besteirol a que estamos chegando parece ocupar todo o tempo livre das pessoas. Mas o que digo? Só o tempo livre, não. Esse nhenhenhem rola o dia todo nas redes sociais e em toda parte, durante o expediente, durante as chamadas horas laborais, quando deveríamos estar com a cabeça em outra parte, concentrados em nosso trabalho, no estudo, em qualquer coisa útil.
E estamos pensando em que? Na Luiza, que está, ou esteve, no Canadá. No Michel Teló, no Daniel e na Monique, na falsa grávida de quadrigêmeos, etc, etc. O mundo parece ter virado uma farsa full time, que pode ser sinistra ou engraçada, dependendo do ângulo do qual se olha.
Chega a hora em que a overdose de asneiras não nos deixa pensar em mais nada, ocupa todo o nosso espaço mental, porque tudo isso é muito invasivo, não adianta negar. E aí o caso fica preocupante.
Se é que, no meio do nossa pasmaceira embotada, ainda temos condição ou lucidez de nos preocuparmos com alguma coisa que não seja o BBB ou o destino da Luíza.