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Cinema, cultura & afins

Opinião|A morte de Amílcar Claro

Foto do author Luiz Zanin Oricchio
Atualização:
Amílcar com Sonia Braga na filmagem de O Beijo da Mulher Aranha Foto: Estadão

Na foto, em primeiro plano, o Amílcar. Estávamos num barco na Amazônia. Felizes Foto: Estadão

 

Soube hoje que morreu o nosso camarada, o cineasta Amílcar Monteiro Claro. O povo do cinema, jornalistas incluídos, teve com ele uma longa convivência e, acho, era amigo de todo mundo. Nunca encontrei ninguém que não gostasse do Amílcar. Pelo que soube, há uns seis meses descobriu um câncer, que rapidamente o levou. Eu não sabia que estava doente e desse jeito a ficha fica mais difícil de cair.

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O Amílcar estudou na ECA e trabalhou num sem-número de filmes como assistente de direção, entre eles O Beijo da Mulher Aranha, de Hector Babenco, Sonho de Valsa, de Ana Carolina, Latitude Zero, de Toni Venturi e A Casa de Alice, de Chico Teixeira. Devem ser uns 20 trabalhos. Entre eles, lembro que segurou o pepino em direções tão complicadas como O Passado em Tuas Mãos e Eu Não Conhecia Tururu.

Como diretor, Amílcar deixa um longa, Tríade, e dois belos curtas, Roberto (sobre Roberto Santos, o diretor de O Grande Momento e A Hora e a Vez de Augusto Matraga), e Náufrago, uma ficção muito boa com Claudio Jaborandi.

Pela comoção causada por sua morte nas redes sociais, dá para ver como era amado o nosso Amílcar. E era mesmo um grande sujeito, que vai fazer muita falta.

Leio no IMDB, surpreso, que nasceu em 1944. Tinha portanto 70 anos (!!!). E coloco aqui todas as exclamações de direito, porque Amílcar parecia um menino, de alma sempre jovem, em perene bom humor. Leve, leve.

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Descanse em paz, amigo.

 

Opinião por Luiz Zanin Oricchio

É jornalista, psicanalista e crítico de cinema

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