Luiz Zanin Oricchio
11 de março de 2014 | 11h02
Acordamos assustados com a presença do racismo na América Latina e no Brasil. Primeiro, foi o caso de Tinga no Peru. Agora, os do juiz Márcio Chagas da Silva, no Rio Grande do Sul, e do Arouca, em Mogi-Mirim. Fui domingo à Vila Belmiro certo de que veria um desagravo em regra a Arouca. Nada. Umas palmas protocolares da torcida, uma faixa no intervalo dojogo dizendo que o racismo é inaceitável, e pronto.
Bola pra frente. Parece que existe uma consciência coletiva por aqui de que esses atos não são coisa muito séria porque fundamos uma democracia racial, imune a preconceitos e coisa e tal. Essa crença benévola tem de ser relativizada e muito. Parece mais um autoengano do que outra coisa qualquer.
* Coluna publicada na seção de Esportes do Estadão
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