Mais ainda: Barney (o título original do filme é Barney's Version) enfrenta uma acusação de homicídio e, em crise, revê sua vida em flashback. Relembra seus altos e baixos e, inclusive, sua grande história de amor com Miriam (Rosamund Pike). O filme é abertamente comercial e não deixa de ter interesse. Um divertimento de qualidade. Giammati é grife do cinema indie e ator envolvente. Em especial num tipo de papel que domina, quando tenta parecer sério...sem se levar muito a sério. Escola Woody Allen, por assim dizer.
Mas aqui ele terá de enfrentar outros desafios. Sua história se estende por várias décadas e o personagem precisará encarar o desafio da decadência - sempre um problema para o ator. Vai bem, mesmo porque o roteiro tira o sumo de um livro bastante acima da média e o coloca à disposição do diretor. É pena que Lewis decida, na última parte da trama, deixar de lado o tom auto-irônico e satírico, e desabe para um melodrama lascado. Daquele tipo destinado a "resgatar" o personagem, como se isso fosse necessário. Nesse ponto, o filme desaba um pouco.
Se Giammati vai bem, quem dá show como pai de Barney é Dustin Hoffman, no papel de Izzy Panofsky, um policial meio cafajeste e bem engraçado. Ator é ator.