Foto do(a) blog

Uma geléia geral a partir do cinema

Zanussi Zulawski

PUBLICIDADE

Por Luiz Carlos Merten
Atualização:

WROCLAW - Isto jah virou piada, estou falando desta minha confusaoh com alguns diretores tipo Zulawski e Borowczyk. Outro dia troquei alhos por bugalhos e, querendo falar do diretor de `Possessaoh`, citei Borowczyk, quando eh Zulawaski.A confusaoh prosseguiu hoje quando falei sobre o Zanussi. Ele estah mostrando aqui seu novo filme, `Sol Negro`, producaoh italo-francesa, falada em italiano, com Valeria Golino. Um filme sobre o amor infinito, sobre uma mulher que planeja vingar a morte do marido - tipo `A Noiva Estava de Preto`, do Truffaut - e descobre que a vinganca eh vazia. Ele era um anjo e ela eh que deve morrer, em vez do assassino. Ih, estou contando o final, mas naoh faz mal. Esta eh uma daquelas tragedias anunciadas e o como eh certamente mais importante do que o por que. Acho curioso como varios filmes aqui neste festival, os de Rohmer e Im Kwon Taek tambem, estaoh tratando do amor puro, do amor que desafia o tempo (e a morte). Zanussi sempre foi o diretor mais desconcertante da nouvelle vague polonesa. Fez filmes como `Estrutura de Cristal` e `Illumination`, ambos ligados a temas filosoficos e baseados em estruturas narrativas complexas, como se a linguagem, acima de tudo, fosse o grande assunto de seu tema. O novo filme naoh foge a essa linha, com sua discussaoh do bem e do mal, do Diabo que naoh aguenta tanta beleza do anjo marido de Valeria, e tenta um sujeito qualquer para destrui-lo. Espero poder falar com o diretor, mas tive de sair correndo da sessaoh para passar no hotel e seguir para a Opera de Wroclaw, onde ocorre daqui a pouco a exibicaoh de `O Homem com a Camera`, com acompanhamento ao vivo de Michael Nieman. A confusaoh que fiz com o Zulawski eh a seguinte. Ele tambem estah sendo homenageado pelo festival com uma retrospectiva. Hoje, as 10 da noite, apos o concerto, passa `Possessaoh`. Estou muito afim de quebrar o encanto e ver, enfim, o filme com Isabelle Adjani.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.