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Uma geléia geral a partir do cinema

'Ya sé que estoy piantao...'

Por Luiz Carlos Merten
Atualização:

BUENOS AIRES - Subi para pegar a mala, depois do café, mas não resisti a reabrir o computador para dar conta de uma notícia. Vi na capa de Clarín e La Nación que morreu Horácio Ferrer. O grande poeta dessa cidade, parceiro de Astor Piazzolla. Chiquilin de Bachín, Balada para Um Loco. 'Ya sé que estoy piantao, piantao, piantao/No vés que va la luna rodando por Callao...' E ontem à noite, na apresentação da Misa Criolla, não foi feita nenhuma menção ao fato. Teria ele morrido depois? Uruguaio de nascimento, portenho de coração e argentino naturalizado, Ferrer foi fundamental no processo de reinvenção do tango por Piazzolla. Grandes criações de Piazzolla independem de versos - o Adiós Nonino, por exemplo. Mas, quando o verso era necessário, Ferrer era insuperável. Amelita Baltar deu uma declaração. Disse que cantou tanto Ferrer que tem a impressão de que ele era sua voz. De novo estou viajando nas minhas lembranças.

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