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Uma geléia geral a partir do cinema

Terror e êxtase 2013

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Por Luiz Carlos Merten
Atualização:

Sábado pela manhã fui ver o Faroeste Caboclo de René Sampaio. Gostei bastasnte do longa de René Sampaio, cujo curta Sinistro é bem legal. Faroeste Caboclo começa como terminam muitos bangue-bangues, com um duelo. E entra, em flash-back, a história do garoto que vira homem, sempre se questionando sobre suas escolhas e se, na realidade, ele escolheu alguma coisa, po0rque seu destino parece traçado (pelo acaso, pelo azar). Quando ele tenta mudar, as coisas não dão certo. O garoto mata um homem, vai para a Febem, vira traficante em Brasília, se envolve com a filha do senador. Lembrei-me de Terror e Êxtase, que Antônio Calmon adaptou do livro de José Carlos Oliveira, em 1979, com Denise Dumont e Roberto Bonfim. A cocotinha do baixo Leblon vira refém do bandido revoltado, liga-se a ele. Faroeste Caboclo é, num outro formato, o que Terror Êxtase talvez quisesse ser, se Antônio Calmon tivesse acertado a mão, mas quem sabe o filme dele não era tão ruim? Denise Dumont, afinal, ganhou o prêmio de melhor atriz da APCA, Associação Paulista dos Críticos de Arte. Gostei demais de Fabrício Boliveira, da minissérie Subúrbia, de Luiz Fernando Carvalho, que faz o 'herói', e de Iris Valverde, cujo despudor é uma coisa maravilhosa. Íris se reinventa depois da Sue Ellen de Avenida Brasil. Até coloquei no meu texto na capa de hoje do Caderno 2. Não existem filmes brasileiros - longas - em Cannes, neste ano. Faroeste Caboclo poderia estar lá, senão na competição, em alguma mostra paralela. Viraria cult, acreditem.

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