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Uma geléia geral a partir do cinema

Stuart Rosenberg

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Por Luiz Carlos Merten
Atualização:

CANNES - Preciso parar de postar para ver mais um filme. 4 Mois, 3 Semaines et 2 Jours, de Christian Mungiu, participa da competição. Vou vê-lo daqui a uma hora. E, amanhã cedo, Zodiac, de David Fincher. Antes, quero registrar o que só descobri agora. Em 15 de março, aos 79 anos, morreu Stuart Rosenberg. Antigo montador, ele começou na TV, fazendo a edição de séries como Os Intocáveis, The Twilight Zone e Alfred Hitchcock Presents. Como diretor, fez dois filmes que me marcaram - Rebeldia Indomável (Cool Hand Luke), com Paul Newman, em 1967, e Brubaker, com Robert Redord, em 79. Ambos tratam do universo carcerário nos EUA. Newman faz um preso que desafia o 'sistema' com seu comportamento rebelde. Redford tenta modificar o sistema de dentro, como o diretor de um presídio que descobre a corrupção de seus subordinados e passa a lutar contra ela (ou eles). No jargão revolucionário dos anos 60, seria (ou é) um filme reformista, mas bom. Stuart Rosenberg também dirigiu o primeiro filme americano de Catherine Deneuve, April of Fools, com Elliot Gould. Ela era puro fetiche com aquela cabeleira loira que reluzia feito ouro. Rosenberg talvez não tenha cumprido tudo o que prometia, mas era um cara decente. Estreou em 1960, com Murder, Inc., e depois ficou anos sem dirigir. Os estúdios não digeriram bem seu apoio a uma greve de atores e roteiristas, no começo daquela década em que tudo iria mudar.

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