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Uma geléia geral a partir do cinema

Scorsese

Por Luiz Carlos Merten
Atualização:

Ainda não li os comentários sobre os últimos posts de ontem. Quero iniciar o dia com notícias que me interessaram e, espero, interessem a vocês também. As revistas francesas de cinema demoram tanto para chegar às bancas no Brasil - a informação que os donos me dão, e repasso, é de que a situação ficou assim depois que a Abril assumiu a distribuição; com a palavra a Abril, se quiser contestar -, que tenho de agradecer ao amigo que me trouxe de Paris o último número de Cahiers, Positif, Première e Studio. Não li as matérias (o dossiê de janeiro da Positif é dedicado a Sam Peckinpah, o que me parece bastante promissor). Fui às nouvelles, as notícias de produção. Não ando muito feliz com os últimos filmes de Scorsese, a sua trilogia com DiCaprio, mas ainda não desisti do cara. Aliás, numa Première francesa (anterior), que comprei em Paris, de volta da Grécia (do Festival de Tessalônica), havia uma entrevista grande do tandem (como eles chamam) Scorsese-DiCaprio. Scorsese dizia que Os Infiltrados era para ser um filme pequeno, un petit polar, mas que a produção foi crescendo e se tornou incontrolável com a entrada de DiCaprio, que não devia ser o ator original, e Nicholson. Veja que se fala tanto em dinheiro investido na produção - o excesso pode ser prejudicial até para os Scorsese da vida. Mas, enfim, a nova que me interessou é a seguinte. O próximo filme do diretor, ao que tudo indica, será feito na França. Scorsese adquiriu os direitos de The Last Duel, livro escrito por um historiador de projeção (e não é que esqueci o nome do cara? Não é Max Gallo, em todo caso), ficcionalizando um célebre episódio ocorrido na França, no final do século 14. Dois cavaleiros foram ao tribunal do rei, ambos ex-amigos e um deles agora acusando o outro de haver estuprado sua mulher. Como eram dois cavaleiros, os dois de linhagem, o rei Charles IV ordenou que o assunto fosse resolvido na liça, num duelo de morte que Scorsese vai, ao que parece, reconstituir. A notícia saiu em Studio e a revista cometeu uma gafe. Disse que será o terceiro filme de época de Scorsese, após A Era da Inocência e Gangues de Nova York. O redator comeu bola. Onde foi parar A Última Tentação de Cristo? Vou depositar mais uma vez minhas esperanças em Scorsese. Ele me decepciopnou em Os Infiltrados, mesmo que deva ganhar o Oscar de direção por este filme 'suntuosamente' medíocre. Quem sabe renasce no Último Duelo?

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