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Uma geléia geral a partir do cinema

Quem sabe, em 2009?

Por Luiz Carlos Merten
Atualização:

Fui dar uma olhada nos 30 e tantos comentários no post sobre a vitória do Padilha em Berlim. É muito interessante, muito legal como o 'Tropa de Elite' é um filme que polariza e apaixona as pessoas. Não gosto muito quando esculhambam 'O Ano em Que Meus Pais Saíram de Férias' para dizer que o 'Tropa' devia ter sido nosso candidato no Oscar. Acho que nosso erro persistente, ano após ano, é tentar pensar com a cabeça dos norte-americanos. O que eles vão gostar? 'O Ano' tinha, aparentemente, tudo o que a academia gosta - criança, judeu, velho. Não adiantou. Se estivesse na tal comissão da Ancine, teria votado no Padilha, mas acho que talvez tenha sido melhor. Depois do Urso de Ouro, bem trabalhado pelo distribuidor Harvey Weinstein, pode ser que o 'Tropa' repita a história de 'Cidade de Deus' no Oscar. Já pensaram? Rejeitado num ano, 'City of God' voltou no seguinte, bancado pelo Weinstein, e emplacou todas aquelas indicações. O que poderíamos ter para o 'Tropa' em 2009? Melhor direção, montagem, roteiro, fotografia? Melhor ator para o Wagner Moura? Adoraria ver isto ocorrer. Quero só voltar aos comentários porque encontrei, lá pelo meio, o do meu ex-colega na 'Zero Hora', em Porto Alegre, o Emanuel. E ele citou outro grande amigo nosso que morreu, o Sérgio Moita. Pronto, me bateu a melancolia. Quando escrevi aquele livro 'Cinema - Entre a Realidade e o Artifício', dediquei-o a dois amigos que me faltam, o Sérgio e o Romeu. Chamei-os assim. Deveria ter deixado claro que eram o Sérgio Moita e o Romeu Grimaldi. São, realmente, amigos cuja lembrança me acompanha.

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