Foto do(a) blog

Uma geléia geral a partir do cinema

Quando amanhã chegar!

Cinco dias sem postar - cinco dias durante os quais estive hospitalizado, operei o joelho e agora estou de volta em casa, ainda imobilizado e com uma dor tão forte que a vontade é de urrar feito bicho. A fisioterapeuta me havia cantado a bola. O pós-operatório é duro, bate a dúvida ('Por que operei?'), mas depois, lá pela quarta semana, a vivência é outra, idem o sofrimento. 'Por que não operei antes?' Espero chegar logo nesse estágio. Já consigo dobrar o joelho em 90 graus e, dando uma de gaúcho macho, dispensei a bateria de analgésicos mais pesados, o que tem me valido não poucas críticas dos médicos, que acham desnecessário ficar sentindo dor. Dib Carneiro tem estado comigo, solidário como sempre. E Lúcia. No quarto, havia um quadro - Controle a dor. Não era só a física. No sábado, dia da prisão de Lula, o foguetório tomou conta de Higienópolis, onde estava hospitalizadso. Muita gente comemorando - a vitória da Justiça? Não me façam rir... Eu, até por ser jornalisata de cinema, um crítico tenho de admitir, estou sempre olhando o mundo atento aos símbolos, procurando-os. Na hora dos foguetes - exatamente! -, bandeiras vermelhas desfraldadas na TV paga. As cenas da Comuna de Paris de Os Miseráveis. O Potemkin dos musicais! Do you hear the people sing? Você ouve o povo cantar? Singing a song of angry men? It is the music of a people Who will not be slaves again!

PUBLICIDADE

Por Luiz Carlos Merten
Atualização:

When the beating of your heart Echoes the beating of the drums There is a life about to start When tomorrow comes! Controle a dor. Tem uma vida inteira para começar (incluindo um joelho novo)/Quando amanhã chegar.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.