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Uma geléia geral a partir do cinema

Polêmicas, polêmicas!

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Por Luiz Carlos Merten
Atualização:

Depois de conversar com Marcelo Antunez, diretor de Polícia Federal - corrigi o post anterior, em que chamava o filme de Lava Jato -, fiquei pensando cá com meus botões. Um maluco comparou a estética do filme, na coletiva, a Costa-Gavras, mas não tem nada a ver. O modelo poderia muito bem ser Os Intocáveis, o 'reboot' da série de TV pelo Brian De Palma, e que, para mim, talvez seja o melhor filme dele. Os intocáveis da Polícia Federal, o intocável juiz Moro. Não me convenci com a estrutura do thriller e foi o tema da minha conversa com Marcelo, que espero reproduzir na matéria do jornal. Cheguei dizendo que tinha gostado de uma cena, relatada no post anterior. Saí elogiando mais duas ou três coisas - a Flávia Alessandra, como a procuradora durona, a 'generala' (estou louco para ver como, nesse período de empoderamento feminino, pós-Gramado, a crítica militante, leia-se Maria do Rosário Caetano, vai reagir à personagem); o carinha que faz o agente da escuta, muito bom, e eu nem sei o nome dele; e o João Baldasserini, que tem physique du rôle para fazer durões em eventuais thrillers que a equipe (ou o cinema brasileiro em geral) venham a produzir. O interessante do Baldasserini é que ele faz um tira de linhagem, elegante, não o tradicional policial bagaceira da maioria das produções brasileiras do gênero. Marcelo Antunez ficou no lucro comigo, embora o xis da questão continue - aquele Moro, e aquele Lula são de doer. À noite, ainda estou relatando o ontem, fui jantar com Elaine Guerini e Orlando Margarido. Fomos na Bottega da Rua João Manoel, cara mas onde se come (e bebe) divinamente, um Sangiovese de estalar na boca. Colocamos os assuntos em dia, o pós-Gramado. Não sabia, da minha redoma, que meu colega Luiz Zanin e Miguel Barbieri, que integrava o júri, bateram boca no Face por causa do resultado. Zanin interpelou o júri por não haver premiado Pela Janela, e Miguel rodou a baiana com ele. Miguel não leu meu blog, porque nesse caso o monopólio da esculhambação não é do Zanin. Sei que tenho telhado de vidro, porque ninguém gostou do resultado do júri de Brasília no ano passado - nem eu, que o integrava -, mas a ausência de prêmios para Magali Biff (Pela Janela) e para o Lucho Caceres pelo júri latino (por La Ultima Tarde) me pareceu o maior dos absurdos. Já tive minhas brigas com o Miguel, agora estamos numa boa, mas o Zanin tem toda razão. Ignorar o Pela Janela, e eu ainda pontualizo, a Magali, foi crime de lesa majestade.

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