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Uma geléia geral a partir do cinema

Pé no barro

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Por Luiz Carlos Merten
Atualização:

Estou arrasado. Adorei falar com Luiz Fernando Carvalho, gostei da microssérie A Pedra do Reino, que começa hoje na Globo, mas o João Luiz Sampaio - o mais jovem crítico de música erudita do País (ah, sim, ele tem 27 anos, não 26) - já veio me gozar, e com razão. Quando cito a utilização que LFC faz da música de Morte em Veneza na Pedra, o fato de sermos ambos viscontianos, Luiz Fernando e eu, me induziou ao erro. Em vez do compositor Gustav Mahler, citei Franz Mahler, o personagem de Farley Granger em Sedução da Carne (Senso). Como se bastasse a cagada - me desculpem pela vulgaridade -, chafurdei nela e alterei o raciocínio do Luiz Fernando. Como os personagens são meio nazistas, ele achou interessante usar a música do Mahler, que foi perseguido pelo nazismo. E não é que eu botei justamente o contrário? Mahler como nazista? Mahler era judeu e é verdade que no Black Book de Paul Verhoeven a judia tem de se passar por nazista - e dormir com o chefe da SS -, mas aí é dramaturgia. O que eu fiz foi m... pura. Sorry, LFC. Perdão, leitores do Estado.

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