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Uma geléia geral a partir do cinema

Paris Visto por... Rouch

Por Luiz Carlos Merten
Atualização:

Santana, como muitos de vocês, foi ver Paris Visto por... (eu sobrei) e concorda que o episódio de Jean Rouch é o melhor de todos. Ele também me esclarece que existem cortes, mas me pediu que checasse com o Zanin (meu colega Luiz Zanin Oricchio), que lá estava. Já chequei, Santana. Zanin também acha o o episódio de Rouch o melhor e me disse que é narrado em planos-seqüências (no plural), e não apenas em um. Acho que foi bobagem minha. Na minha lembrança,o plano-seqüência, desde o movimento inicial da câmera, era muito forte e me induziu ao erro, mas o filme tem, o quê?, uns 15 minutos no mínimo, e não havia bobina para filmar um plano dessa duração, em 1964. Rouch teve de cortar, claro. Hitchcock também, mas disfarçou os cortes para dar a impressão de que estava construindo Festim Diabóloico (The Rope) num só plano de 100 minutos, mais ou menos. Só a nova tecnologia, o digital, permite a duração de um plano dessa duração, o que possibilitou que Sokúrov fizesse, com A Arca Russa, o que o mestre do suspense não conseguiu, por volta de 1950.

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