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Uma geléia geral a partir do cinema

Onde está a lógica?

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Por Luiz Carlos Merten
Atualização:

Cada vez me convenço mais de que não estou errado quando digo que o filme é uma invenção da gente, depois de assistir ao filme que nos é proposto pelo autor. Agora misturou tudo, mas ainda numa dessas revistas francesas que folheei ontem havia uma com uma matéria sugestivamente chamada de 'Lynchland'. No estilo Caras, a revista invadia a casa de David Lynch, mostrando o ateliê em que ele trabalha e como cria seus filmes e objetos (Lynch é também artista plástico e faz, em fevereiro ou março, uma exposição de seus objetos bizarros em Paris). Pois bem - Lynch disse uma coisa que me pareceu muito interessante que estava destacada num quadro, dentro da reportagem (aquilo que, em linguagem jornalística, a gente chama de 'janela'). Ele dizia que seus filmes são devaneios que obedecem a uma lógica implacável, mas isso não importa, porque a lógica que deve prevalecer é a do espectador. Realmente, é muito sugestivo que Lynch, logo ele!, venha nos dizer isso.

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