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Uma geléia geral a partir do cinema

Neo-realismo em discussão

Por Luiz Carlos Merten
Atualização:

Uma no prego, outra na ferradura. Deixa eu dar mais munição para o leitor que gosta de me psicanalisar. Depois de falar bem do CCBB do Rio, por abrigar a mostra de Cassavetes, e mal do de São Paulo, que a recusou, vou fazer um afago no pessoal daqui. Ainda não consegui confirmar com Margarida Oliveira, atolada no Festival de Brasília, a lista completa dos filmes, mas já estou sabendo que, em janeiro, o CCBB de São Paulo abriga uma grande retrospectiva do neo-realismo, movimento que teve excepcional importância na história do cinema italiano e mundial, com desdobramentos em diversas cinematografias, incluindo a brasileira. Ainda não sei se a retrospectiva privilegia só o cinema italiano ou se contempla diretores como os nacionais Nelson Pereira dos Santos e Roberto Santos ou o indiano Satyajit Ray, que foram neo-realistas no começo de suas respectivas carreiras. O fato de não saber ainda os filmes me permite viajar um pouco. Claro que vamos ter os Viscontis, Rossellinis e De Sicas de sempre, porque sem eles não se teria construído essa página magnífica do cinema, mas eu adoraria ver os neo-realistas 'menores'. Zampa, De Santis, Lattuada, o primeiro Germi, que são bem menos conhecidos (e discutidos). Um dos filmes que tenho mais curiosidade de ver na vida é Caccia Tragica, ou Trágica Perseguição, que De Santis realizou em 1947 e Paulo Fontoura Gastal, em Porto Alegre, considerava 'de gênio'. Estará na retrospectiva do CCBB? Espero, sinceramente, que sim.

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