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Uma geléia geral a partir do cinema

Não percam

Por Luiz Carlos Merten
Atualização:

Estou indo para o Conjunto Nacional, onde começa daqui a pouco, meio-dia, no cine Bombril, minha participação no encontro 'Os Filmes da Minha Vida', na Mostra. Não tenho tempo para muitas explicações, mas quero dizer que gostei demais de 'Sedução', de Lone Scherfig, que vi ontem à tarde - e entendo por que já se fala na garota Carey Mulligan para o Oscar, se bem que todo o elenco feminino é notável e Emma Thompson, cuja participação total não excede cinco minutos, em pequenas cenas, me deixou sem fala. Não percam hoje três filmes - 'Singularidades de Uma Rapariga Loira', o novo Manoel Oliveira, um modelo de concisão (tem 63 minutos) do mestre português, que não precisa mais do que isso para falar de tudo; 'A 40ª Porta', que me encantou; e 'Irène', de Alain Cavalier. Apadrinhado por Alain Delon no começo de sua carreira, Cavalier estava virando um diretor comercial mediano. Ele mudou o rumo e passou a fazer filmes experimentais. 'Irène' é único. A Irène do título é Irène Tunc, ex-Miss França com quem Cavalier se casou. Ela morreu num acidente de carro, há mais de 30 anos. Há pouco, o cineasta descobriu o diártio da ex-mulher. O que ele faz com esse material, não está no gibi. Tanta gente que acha que está inovando... Quem inova é o centenário Oliveira, ou o Cavalier, ou o Elchin Musaoglu (de 'A 40ª porta'). P... filmes!

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