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Uma geléia geral a partir do cinema

LAS PALMAS PARA JORGE FURTADO

Por Luiz Carlos Merten
Atualização:

Sempre soube da existência da Mostra de Cinema Íbero-Americana de Las Palmas de Gran Canária, mas nunca acompanhei a programação nem lhe dei maior importância. A mostra deve ser melhor do que eu pensava Na edição deste ano, que ocorre de 29 a 4 de outubro, o Brasil será o país convidado e, dentro da homenagem ao cinema brasileiro, haverá outra homenagem especial a Jorge Furtado, com dois filmes: o curta Barbosa e o longa Lisbela e o Prisioneiro, de Guel Arraes (que ele co-escreveu). Jorge é bom demais. Quando comecei a elogiar alguns filmes gaúchos, como Anahy de Las Missiones e Netto Perde Sua Alma, os amigos tiravam sarro e diziam que era solidariedade de gaúcho com os diretores Sérgio Silva e Tabajara Ruas e Beto Souza. Os dois, Sérgio e Taba, eram velhos amigos, mas isso não pesou, embora a piada tenha pegado. Quando elogio o Jorge, ninguém acha que é porque ele é gaúcho. Aliás, o Jorge deve ser o mais carioca dos gaúchos, para ter aquele currículo na Globo, construindo, sem tchê!, o coloquialismo do humor dos programas que fez com o Guel. E o Jorge, como diretor, é bom p'a caralho. Coincidentemente com a homenagem em Las Palmas, ele acaba de concluir Saneamento Básico: O Filme. Promete ser uma obra tão inovadora e complexa, como linguagem e crítica social e política, quanto Ilha das Flores foi no seu tempo. Só tem um problema. Pessoalmente, acho o título pouco atrativo, mas até nisso posso dar o braço a torcer. Vai que é tua, Jorge!

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