PUBLICIDADE

Foto do(a) blog

Uma geléia geral a partir do cinema

Kim Ki-duk

Por Luiz Carlos Merten
Atualização:

CANNES - Acabo de assistir ao novo Kim Ki-duk em Un Certain Regard. O proprio Thierry Fremaux fez a apresentacaoph. Disse que `Arirang` era um objeto dificil de classificar. Um objeto naoh identificado, acrescento eu, como na cancaoh. Todo mundo se perguntava, eu me perguntava, por que Kim Ki-duk havia parado de filmar. O filme, ateh certo ponto, eh uma trip narcisistica. Ele conta tudo. Falando para a camera,  diz que foi traido por dois assistentes, entrou em crise, parou de filmar. O filme eh para mostrar que estah vivo e ainda sabe filmar. Ele vive em extrema solidaoh com um gato nas montanhas do titulo. Numa cena chave, carrega uma pedra amarrada na cintura para dificultar os movimentos e uma camera na maoh. Em outra, munido de um revolver, mata simbolicamente e se mata. O mundo eh cruel, um lugar perverso. Para nos lembrar isso, Kim Ki-duk mostra os cartazes dos filmes que fez antes. E chora diante da propria camera. O filme foi muito aplaudido no final da sessaoh. Aplaudi discretamente. Vou esperar por um retorno mais `convencional` de Kim Ki-duk ateh por saber que suas grandes obras de ficcaoh - `Casa Vazia`, `Primavera Verao Outono Inverno e... Primavera` etc - sao tudo, menos `convencionais`.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.