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Uma geléia geral a partir do cinema

'John e Mary'

Por Luiz Carlos Merten
Atualização:

TIRADENTES - Ontem pela manhã, redigia os filmes na TV do 'Caderno 2' quando me surgiu 'John e Mary', de 1969. Tenho a impressão de que me concentrei em 'Bullitt' e 'O Fiel Camareiro' quando escrevi o necrológio de Peter Yates no blog. Mas eu sempre amei a comédia romântica com Dustin Hoffman e Mia Farrow. O mundo estava mudandonos anos 1960, os comportamentos (principalmente em relação ao sexo) e Peter Yates conta a história desse casal que partia do encontro casual de uma noite para, quem sabe, uma relação mais duradoura. "John e Mary' é cria, mesmo que diatante, de 'Hiroshima, Meu Amor', de Alain Resnais, e de algumna forma é a base de "Eu Te Amo', de Arnaldo Jabor, mesmo que ele (Jabor) o negue 1500 vezes.E a Mia Farrow era uma graça. Leambro-me como fiquei irritado ao tentar ler o livro de Neusa Barbosa sobre Woody Allen, no qual ela minimiza a importância de Mia - de certo por causa da ruptura violenta, feita de acusações - e praticamente sugere que ela era uma invenção de Woody. Eu não apenas acho que a melhor fase do ator e diretor foi com ela, como Mia, pré-Woody Allen, dera a medida de um extraordinário talento com autores como Roman Polanski ('O Bebê de Rosemary'), Joseph Losey ('Cerimônia Secreta') e justamente Peter Yates ('John e Mary'). Os movimentos de aproximação e recuo de Mia e Dustin Hoffman, a timidez, a ousadia. Tudo é encantador em 'John e Mary'. Outra pérola na coroa de Peter Yates.

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